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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

PALESTRA - MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE (VALE DO RIO DOCE) 08-08-17

 PALESTRA -  MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE (VALE DO RIO DOCE)

     Local – Belém do Pará – na 74ª SOEA Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia – dia 08-08-2017
     Palestrante – Lucio F.Gallon Cavalli – Executivo da Cia. Vale do R. Doce
     Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
     (uma resenha tem sempre suas limitações de entendimento e interpretação)
    
     O subtítulo da palestra é Mineração e Meio Ambiente – Tecnologia e a Vale no Mundo.
     Sede no Rio de Janeiro.  Presente em 26 países em cinco continentes.  Maior exportadora do Brasil.   Exportou 26 bilhões de reais em minério no ano de 2016.
     No ano de 2016 o Brasil teria exportado 12 bilhões de dólares em minério de ferro (1º lugar na nossa exportação) e 9 bilhões de dólares em petróleo (segundo lugar).
     Minério de ferro – foco em MG e em Carajás no Pará.   Produzem 64% do minério de ferro em MG e 36% no Pará  na atualidade.   
     A Vale produz minério de ferro, carvão, cobre, manganês, fertilizantes, etc.    Mineração demanda grande quantidade de insumos e ajuda a girar a economia regional.  No Pará, em um ano, recolheu a taxa de mineração no montante de 416 milhões de reais.     Emprega no Pará 21.000 pessoas com a folha de salários anual de 700 milhões de reais .
     Desafios da mineração – Licenciamento Ambiental.
     Falou do Projeto deles denominado S11D Eliezer Batista em Canaã do Pará relativo a minério de ferro.  (mostrou o vídeo do projeto que está no Youtube:  https://www.youtube.com/watch?v=LRiwTSbePRg )   Investimento de 14 bilhões de reais.   Sistema moderno de extração a seco.   Dispensa lagoas de resíduos.   Transporte na mina por esteiras e não por aqueles caminhões enormes.   Esteira, trem, porto.
     Esse projeto já vem  sendo implementado há anos (2009)  e vai elevar a produção anual de minério de ferro no Pará de 150 milhões de toneladas para 230 milhões.   Começou a operar em 2017.    Mostrou um vídeo do projeto.
     Eles possuem o direito de exploração em áreas de florestas e nas áreas delimitadas, colocam vigilantes para garantir a proteção ambiental e evitar ocupações irregulares.
     Na floresta amazônica da região do Pará, de uma área  de 79.000 ha sob domínio da empresa, usam em geral ao redor de 3% para a lavra e o entorno é preservado.   Nessa área citada detectaram ao redor de 300 cavernas.   Eles contam com uma equipe de 25 espelhólogos (estudiosos de cavernas) que fazem o levantamento das cavernas, inclusive em termos de fauna presente.
     A área citada fica perto do município de Parauapebas-PA.
     O BR era o maior exportador do minério de ferro e perdeu essa liderança para a Austrália que também produz muito minério e fica bem mais perto da China que é o maior comprador e no caso o frete é mais barato.     O Brasil está há 45 dias de navio até a China e a Austrália, há 15 dias.
     A taxa cobrada da mineração atualmente gira entre 2 e 4% do valor do minério e depende da cotação do mesmo.
     Custo do minério deles (da Vale).   No Pará eles tem um custo médio de 10 dolares por tonelada de minério de ferro e em MG, ao redor de 20 dolares.    Disse que o minério do Pará ajuda a viabilizar a exploração e exportação de minério deles.
     Ele disse que é possível conciliar a exploração de minério com a preservação ambiental.      Na soma das áreas nas quais exploram minério estão catalogadas ao redor de 4.000 cavernas.    Usam inclusive um pequeno robô especial para entrar nas cavernas para estudo e mapeamento de cada uma.
     Citou inclusive algo curioso.    Há ainda na lei um dispositivo segundo o qual a floresta tem que estar preservada num raio de 250 m ou mais de cada caverna e esse número nada tem de ciência.   Consta que um empreendedor no passado foi comprar uma área com caverna no estado de SP para desenvolver o turismo no local e ele se comprometeu a preservar ao menos 250 m de mata em torno dela.    Esse caso pontual virou parâmetro legal.   
     Um engenheiro da plateia do evento destacou que o setor de mineração, após o evento trágico do rompimento da Barragem de Fundão, está muito mal visto pela sociedade.
     O palestrante disse que realmente foi algo bastante negativo e a empresa reconhece os danos (e perdas de vidas humanas) e destacou que logo em seguida os empregados da Vale em MG tinham até que evitar sair com roupa que os identificavam com a empresa, pois eram hostilizados no trânsito, nas ruas.      A empresa resolveu encarar com humildade o problema e buscar soluções e maior aproximação e esclarecimento sobre as atividades para a sociedade.     (Esta palestra de certa forma se insere nesse esforço, digo eu)
     Ele inclusive relembrou que o setor da Agropecuária vem fazendo uma interessante campanha publicitária – o Agro é Pop.     Disse que o setor de mineração tem que também buscar a melhoria da sua imagem na comunidade.
     Sobre tecnologia, destacou itens como:  eles mantém um Instituto de Tecnologia Aplicada ao setor para formar mão de obra e desenvolver tecnologias inovadoras; já possuem alguns caminhões de grande porte que operam sem motorista dentro de algumas minas.
     Sobre responsabilidade social, destacou que mesmo sendo deficitário, transportam passageiros em suas linhas de trem de transporte de minério.   Citou o caso da linha no Pará até o Porto de São Luis no Maranhão e o caso da linha que liga Belo Horizonte ao Porto de Vitória-ES.
     Atualmente eles estão com mina inclusive em São Gonçalo do Rio Abaixo-MG, um pequeno município e tem feito um trabalho marcante de apoio à infraestrutura da cidade.
     Sobre o item uso da água e a consequente barragem de rejeitos, eles vem buscando aumentar a produção a seco.    Em MG estão atualmente com 60% de processo a seco e 40% com uso de água, cujo rejeito após o uso fica em barragem.     Já no Pará, a produção a seco é em proporção mais elevada.
     Há sistema intermediário, onde se usa um tanto de água, depois drena-se a água e se empilha o rejeito o que reduz muito o uso de barragem e oferece menor risco ambiental.
     Buscam a meta de ficar com apenas 20% da exploração de minério de ferro com uso de água e a consequente lagoa de rejeitos.   Atualmente eles contam ao todo com 144 barragens de rejeitos.
     Exploram também o minério manganês.     Quanto aos fertilizantes, estão em vias de repassar a terceiros o setor que não é muito o foco da Vale.
          orlando_lisboa@terra.com.br       (41)   999172552   - Curitiba - Paraná
    

     

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