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sábado, 15 de julho de 2017

PALESTRAS/CURSO - SER CRISTÃO NO NOVO MILÊNIO - com Monsenhor Agenor

RESENHA DE PALESTRA/CURSO COM O MONSENHOR AGENOR
Anotada pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida   orlando_lisboa@terra.com.br
Público – Leigos da Arquidiocese de Maringá – PR

(Na ocasião  - 2001 - ele era da Diocese de Tubarão-SC)
O tema da palestra:   “Ser cristão no novo milênio”
     Nossa igreja hoje é uma barca num mar agitado que é o nosso mundo.  Não há como nos refugiarmos.
     Temos que, como igreja, estar inseridos no contexto.   Marchar com a humanidade.    A missão da igreja é estar na missão.   É um serviço gratuito.  Implica diálogo, respeito pelo diferente.
     Abrir espaço para semear as sementes do Reino.   Ser corpo de Deus no mundo.   Grandes desafios.   Um deles: a fome de sentido de vida, de razão para viver. 
    Há hoje uma invasão de espiritualidade praticamente no mundo todo.   A busca de felicidade pessoal “aqui e agora”.   Busca-se a felicidade e não se quer engajar na luta do “próximo”.
     Comum católicos que frequentam a Seisho No Ie, que acreditam na reencarnação.    Distorções.
     Há busca das tradições, dos valores autóctones.   
     O empobrecimento crescente do povo.   Os idosos são “insignificantes”.   Existem povos insignificantes, continentes insignificantes...
     O desafio da ecologia.   Sistema econômico de rapinagem.   O desafio da emancipação da mulher numa cultura patriarcal e machista como a nossa  com reflexo na própria Igreja.
     Deveríamos partir para a radicalização na democracia, onde as pessoas participassem e exercessem a Cidadania.
     Vai colocar o foco em um desafio, diante de tantos citados:  O desafio da experiência religiosa.   Hoje se vivem “religiões à la carte”.  Busco o que me interessa.   Mercado da religião, onde se consome ao bel prazer.  Seria o neo paganismo.   Misturam esoterismo, cromoterapia, etc.
     Há religiosos sem Deus, sem Igreja.   Religiosidade eclética e difusa.
     Grandes religiões:  Judaismo, Cristianismo e Islamismo.    Não crescem e passam por muitas fragmentações.
     Há hoje (2001) 48 formas de viver no Islamismo.  No Judaismo, mais de 10 formas.  No Cristianismo, uma série.   Em São Paulo (cidade) há ao redor de 3.000 igrejas cristãs.
     Amanhã falaremos das nossas tarefas, as saídas, formas de ação partindo de duas vertentes.    ( O curso foi de dois dias)
     ... erupção de manifestações ecléticas difusas.
     Comecemos a nossa reflexão:
     A erupção/exploração do religioso, da espiritualidade.    Por quê?
     Há um pensar que à medida que a ciência avançou, nos tornaríamos senhores do Universo e não precisaríamos mais de Deus.   Viveríamos na sociedade do bem estar.
     Houve filósofo que  afirmou que teria que ser tirado Deus “de campo” para o povo ser feliz.
     As sociedades mais avançadas apostaram alto nessa “erradicação” de Deus dos seus seios.    A Igreja na Europa (os teólogos) se preparou para dialogar com o homem ateu.
     Há hoje uma orientalização do ocidente.   É um amalgma de esoterismo, naturalismo, tudo misturado.
     Outros fatos a destacar.     Quando se colonizou a América Latina se satanizou a religião do povo nativo.    Antes, o catolicismo era hegemônico no mundo.
     Modernamente, partiu-se para a fé como opção pessoal.
     Até o Concílio Vaticano  II, as demais religiões eram coisa do diabo para o povo católico.    Esse concílio veio mudar isso.    Lançou inclusive um documento sobre a Dignidade Humana.     Admite outras experiências religiosas.    Um bispo católico conservador – o Lefevre – andou se rebelando contra isso e foi voto vencido.   O concílio aceitou que  há alternativa de se chegar ao Pai em outras determinadas religiões também.     Inclusive aceitou religiões não cristãs.
     Falou do relativismo religioso.   Com isso, não haveria uma verdade; haveria várias verdades.
     Falou das opções nas bancas de revistas.   A Auto Ajuda.    Leonardo Boff, Paulo Coelho, Bonfiglio, etc.   Um mercado do religioso, nas palavras do palestrante.  Há um mercado e o consumidor consome o que lhe convém.    Numa experiência religiosa sem comunidade, uma Igreja sem Doutrina.
     O relativismo e o ecletismo religioso.   Ler conforme a afetividade e a subjetividade de cada um.      O sincretismo religioso.    Achando-se que tudo leva ao Pai.      

Continua.....



     Segunda Parte
     Essa explosão do religioso não significa necessariamente o retorno às grandes religiões.    No senso comum atual, quase que salvação se confunde com saúde, felicidade pessoal, etc.  Coisas que andam acontecendo por aí.
     Religião é religar (em latim).  Não há como alguém ficar criando uma religião.   Há experiências religiosas que são verdadeiro caso de polícia.
     No Chile, Colômbia, há adoração ao demônio em algumas seitas.    Por outro lado, há seitas que equiparam o poder de Deus ao poder do diabo.
     O Padre Quevedo disse que ainda não se deparou com o diabo.  Muita coisa é levada para ele como obra do diabo, mas que era coisa da cabeça do ser humano.
     A Igreja deve ser de Salvação, não de Opressão.
     No caso do indígena, “colocar” outra religião nele é retirar dele a sua própria cultura.
     Já há presença de Deus nas outras culturas.    Primeiro passo dos Missionários:   acolher valores que tem a ver com a presença de Deus nos lugares onde vai evangelizar.    Muitas vezes evangelizar é dar o testemunho.  
     O próprio Cristo viveu no Judaismo e levou-o à plenitude.
     A consciência do outro é um sacrário.
     Outro ponto a abordar:  A fragmentação das religiões instituídas.     A Nova Era apregoaria que virá um novo “deus” que vai integrar tudo.    O fato atual é a fragmentação das religiões.
     O Catolicismo está hoje (2001) longe de ser um bloco monolítico.    
     O palestrante vai citar ao menos sete tipos de catolicismo:
     1 – O Popular  -  O que veio com os colonizadores.   É pré Tridentino, ou seja, anterior ao Concílio de Trento.   É a corrente que está na cultura popular, nas pessoas mais simples.    Tem muita reza, pouca missa e muito santo e pouco padre.     Lá no passado os Bispos eram nomeados pelo Imperador.
    Abrangia novenas, festas, romarias, promessas, devoção ao Cristo sofredor, em detrimento do Cristo Ressuscitado e Glorioso.     Um santo para a garganta, outro para o raio e assim por diante.    É à margem da Igreja em si.  Nessa corrente, o padre atrapalha nos ritos, nas festas, etc.
     Os pais não estão mais conseguindo passar esse tipo de catolicismo aos filhos com o advento da internet, etc.   No Brasil esse tipo está há 500 anos e também na Europa.
     2 – Catolicismo Comprometido, Engajado -  Os que incorporam o que veio do Concílio Vaticano, a diretriz dos Bispos em Puebla (México, esta com a Opção Preferencial pelos Pobres), de Medelin (Colômbia).
     Põe em destaque a dimensão social da fé.   Tenta demonstrar que a fé não está só dentro de mim, mas que tenta transformar a sociedade pelo exercício da cidadania, da ética, etc.   A expressão maior dessa corrente é a CEB Comunidade Eclesial de Base.     Esta tem a ver com a Teologia da Libertação.    Frei Leonardo Boff e outros são desta linha.
     A CEB sente um certo cansaço no mundo atual (2001), até pela privatização de muita coisa.
     Nessa modalidade, para transformar, tem que se engajar em partidos, sindicatos, etc.    Não desapareceu essa corrente porque as injustiças tem aumentado. 
     3 – Catolicismo Reacionário – De resistência à tendência libertadora.   A própria configuração dos quadros da igreja   (pessoal que está engajado em pastorais e serviços) e até na configuração das  pastorais e serviços.
     Preocupação com a ortodoxia, da doutrina pura, com a unidade.   Terço, Papa e Nossa Senhora Aparecida.
     Com essas correntes, como dialogar com outras religiões?    O credo efetivamente é o mais importante, mas essa corrente se preocupa com detalhes do rito, etc.    É uma redomatização  (volta ao dogma na forma mais antiga) da religião.    Nesta corrente não há diálogo com o diferente. O diferente ou é herege ou inimigo.     Os integrantes agem com ares de triunfalismo.
     Achar que já venceram, mas que são responsáveis pelo “inverno” do rebanho.   A preocupação deles é com a esmerada preparação de quadros da igreja, do clero.
     Ele falou de uma queixa generalizada com relação aos padres novos.    Chave do carro... chave do cofre.
     A igreja era toda ministérios, não se centralizava.   Hoje se busca centralizar.    O leigo é a extensão dos braços do clero.   Pressupõe que havendo mais padres, não precisa mais do leigo.
    

     4 – Católico Universalista -  Composto pela gama de...     os movimentos que se opunham às pastorais (que são sociais) e que se sobressaíram.    Citou Opus Dei, Legionários de Cristo e outros.
     São movimentos de espiritualidade.   Acham que a outra ala é só do “fazer” sem se preocupar com a espiritualidade.   São mais voltados para dentro da igreja.  Medo de perder a própria identidade.   Não tem grande apreço pela teologia.
     São movimentos supra Diocesanos, supra... não se inserem na Igreja Local.
     Acham que os movimentos escaparam da igreja.   Mas eles são dinâmicos na busca dos católicos desgarrados.  Por isso eles vivem hoje (2001) em ar de triunfalismo.
     5 – Católicos Pentecostais -    A RCC Renovação Carismática Cristã veio da Irlanda.    Eles colocam emoção na coisa.   O mágico, o maravilhoso, a cura, a salvação aqui e agora.    Os cultos deles – grandes momentos de catarse, muitas vezes apoiados num líder Pop Star.   (um exemplo – Padre Marcelo)
     Destacou que também as igrejas Pentecostais usam esse método. 
     Os Luteranos também estão vendo essa linha de atuação crescendo em suas igrejas.
     Muito emocionalismo pode até cair até numa situação patológica.
     6 – Católico Emancipado -   São os que se dizem adultos na fé.  Que a igreja dê novos passos, leve adiante muitas coisas do Concílio Vaticano II, mudanças...
     Nasceu essa corrente na Áustria.   “Nós somos Igreja”.
     Reivindicam:   reforma da estrutura de governo da Igreja.   Dizem que a Igreja Católica é o único reduto absolutista do mundo.    Pedem descentralização nas nomeações Episcopais.   Pedem maior valorização das Conferências Episcopais Nacionais.   Pedem a reforma da Cúria Romana.  Pedem que o Sínodo dos Bispos seja deliberativo.   Que o Papa volte a ser Pedro – não ter pessoas temporais no cargo de Papa.
     Pedem celibato optativo; pedem ordenação de mulheres como padre.   
     Essa corrente tem pouco ou quase nada de apoio dentro da Igreja, mas muito apoio por aí afora.
     7 – Católico Descompromissado -    Professa uma fé privatizada.    Não frequenta igreja.  Escolhe o padre.   Escolhe o que quer ouvir.   Estima-se que 80% do nosso rebanho está nessa linha de atitude.   Os desta linha estão à mercê de outras seitas e mesmo das demais correntes do próprio Catolicismo.
     “Buscar um Cristo sem cruz e encontrar uma cruz sem Cristo”.
     Walter Casper, teólogo alemão, que hoje atua no Vaticano (2001) diz que muitas coisas transformadoras do povo na fé vieram de “fora” da Igreja.
     Muitas vezes a instituição Igreja é obstáculo à evangelização.    Precisamos de uma forma de poder, mas que seja um poder-serviço.
     Perguntas:
     É a igreja um fator de esperança para o povo desesperançado? 
     Ela serve ao povo ou se serve do povo?
     (segundo dia de palestra com o Monsenhor Agenor)
     Está de volta o fundamentalismo nas grandes religiões (2001)
     Os padres estão voltando aos detalhes (batina, etc.), revisitando o passado como segurança.   É bom resgatar o passado para analisar e projetar novos caminhos.  É bom atualizar a época dos Atos dos Apóstolos. Uma refontização, não como refúgio.
     Ele diz que os religiosos vão sempre na frente.   Estão trabalhando na refundação do carisma.    Atualizando a forma de apresentar o Evangelho.   Voltam à fonte para reabastecer e para atualizar a postura.
    “Igreja é o povo a caminho, tem que se atualizar e estar inserida no contexto atual”.
    Segundo grande Trabalho:   Necessidade de reprojetar a Missão.   Quando muda o ser, muda o fazer.
     Não devem ser exteriores, que não brotam da experiência.    A igreja precisa passar pela “enculturação”.   Que a religião não seja um simples verniz exterior. Uma encarnação do Evangelho é o que se busca.
     Missão não é só anunciar, dar catequese, conhecer a bíblia.   O que muda as pessoas é a ruptura de toda miopia egocêntrica.
     Quem nos evangelizou nos incutiu também a sua cultura de colonizador.  Havia o mito de uma cultura superior.   Tirou dos nativos a sua cultura que era sua própria identidade.
     Encarnar a religião nas diferentes culturas requer respeitar os diferentes “rostos” das diferentes culturas.   Ele disse que isso é mais importante do que incorporar as pessoas à igreja.
     “Antes de demonstrar Deus, mostrar Deus com nosso exemplo, nossa vivência”.   Abrir espaço para a empatia e estima mútua para ser missionário.
   Escutar a verdade do outro.  Ver o que já existe na cultura, na religião dos outros para depois buscar o anúncio.   Repensar a Missão.   Tornar o ser humano como o caminho da Igreja.
     O cristão não deve ficar alheio às grandes causas do povo.  A Igreja deve colaborar na busca das grandes causas, grandes anseios do povo.
     O Bispo Casper, relembrando, afirma que as grandes ações que levam ao Evangelho foram tomadas por gente de fora da Igreja e “contra” a Igreja.
     O grande horizonte da missão da igreja é realizar o Reino de Deus entre nós.
Quem luta pela paz, pela justiça, de apoio ao carente, está praticando o Evangelho.   “Estive com fome, não me amparaste...”
     O “diferente” pode ser uma instância do crescimento.  Às vezes é visto como herege.
     A opção preferencial pelos pobres (Sínodo dos Bispos em Puebla) defendida para o nosso continente Americano é diretamente ligado ao Evangelho.
     Pergunta:   Quem vai pensar nos pobres?  Onde estão os Cristãos?   Falou da alteridade negada.    O desafio de mudar o ser e o fazer da Igreja. 
     A igreja tem que se renovar sob o risco de não conseguir viver o Evangelho.  A igreja é divina e é humana.
     A Instituição Igreja, comparou a um vaso de barro que deve trazer dentro de si o que realmente vale: A PRESENÇA DE DEUS.
     Não à iconoclasia, ou seja, tentar viver a religião sem se sintonizar à igreja.
     O próprio São Francisco de Assis tentou “recriar” a religião em certo sentido, mesmo sem ter a instituição e regras.   Mas há necessidade de algumas regras e de uma instituição.   Para se conseguir o máximo há que se organizar um mínimo.
     Idolatria é tornar a instituição em si, algo divino.  A instituição passa a ser um fim em si mesma.
     Teve gente da “alta” que acusava o Papa que bancou o Concílio Vaticano II de ter detonado a Igreja.  Essa gente tinha uma visão no foco da idolatria da igreja, da instituição.   A Instituição deve ser um suporte , um meio de se ter a missão.   A igreja não é o único meio de salvação, apesar de ser um meio privilegiado.
     Citou o Teólogo Lau Henner.  Igreja em Mudança.   Reformar a Igreja.  Democracia e seu valor.   A Igreja era contra a Democracia.  Só a partir do século passado ela passou a aceita-la de sua porta pra fora.
     Só Deus seria poder; os homens não precisariam governar o mundo secular democraticamente.    
     Na vida real, são as mulheres que carregam a Igreja, mas qual é o espaço delas nas decisões da Igreja?
     E o Leigo?      A única categoria dos cristãos, a partir do Concilio Vaticano II é a categoria dos Batizados.
     Por que as mulheres não podem ser formadoras nos seminários?     Por que não podem ajudar a eleger o Papa?
     Três Atitudes Básicas:
     1 – Saber inovar.   Sonhar, exercitar a criatividade, criar o novo.   Para inovar é preciso inovar-se.  Precisamos nos renovar constantemente.   Não absolutizar as respostas que vamos encontrando.
     Inovar é reconhecer a relatividade da verdade encontrada.   Não ser possuidor dessa verdade. Não devemos mudar a mentalidade, mas ser a mentalidade em mudança.
     Os Seminários formam as abelhas para fazer a Igreja sempre igual.  Criar funcionários para a Igreja.  Nosso modelo das Paróquias é Medieval.
     2 – Saber desconstruir.
     Não destruir com martelo.  Desconstruir com a chave de fenda.  Não jogar fora a experiência do passado, etc.
   Destruir é desrespeitar o passado e os antepassados.
     3 – Saber Reconstruir.
     Desconstruir para refazer algo novo e melhor, sem ódio, com respeito e amor.  É uma tarefa comunitária.  Há que se ter liberdade para sonhar...

     Momento de Perguntas e Respostas

     Há mesmo na Igreja Católica  algumas práticas alienantes.  Busca de solução dos “meus” problemas.
     Notar que quase não temos santos da causa social.    O que comumente temos é Santo por milagres envolvendo uma pessoa ou outra... sem alterar a realidade social.
     Há na Guatemala uma porção de Mártires, que lutaram pela Causa Social.
     O nosso santo em geral fez milagre “individual”.
     Em qualquer empresa quem não sabe trabalhar em grupo é colocado fora.  A Igreja é a única que aceita em sua comunidade, quem age dentro dela sem saber trabalhar em grupo.   Há os donos da verdade.   (e que não apoiam a formação e o despontar de novas lideranças).
     Gandhi leu várias vezes a Bíblia e teria aceito Jesus, mas não aceitou participar da Igreja Católica pelo argumento de que ela não levaria a Jesus.
     Os Judeus aprisionaram Deus no templo.
     Nós temos a Verdade Plena, mas podemos dialogar com outras religiões, até para ver se nelas enxergamos revelações do Evangelho que nós ainda não vemos.   A gente não tem nada a perder com o diálogo.
     Padre e Bispo tem muito poder e podem ajudar muito ou atrapalhar muito, dependendo de como procedem.
     A gente é muito maior diante de Deus e dos outros quando está de joelhos, quando pede perdão.
     O Papa andou pedindo perdão aos Judeus vítimas do holocausto, etc.
     Houve na história da igreja uma Divinização do clero.   Ainda hoje há gente do clero que gosta disso.
     Falou da linda postura de humildade de Dom Helder Câmara.  (Arcebispo de Recife e Olinda no passado).
     Lembrou do lava pés.   Cristo mostrou a importância da humildade.  
     Pediram ao Monsenhor para citar um exemplo prático de desconstruir.    (não anotei a resposta)
     O que transforma e educa uma pessoa é o amor.
     Na paróquia Medieval tudo é missa.    Vamos inaugurar algo, lá vai missa.   O administrativo é mais importante que a Missão.   
     - As divisas de paróquia.     Nesta não existe comunidade, existe massa.   Só é comunidade se existem pequenas comunidades.
     Perguntaram como obter a unidade com tantas Pastorais e tantos movimentos, cada um com “sua verdade”?
     Ele disse que a unidade não é a uniformidade.   Não ter medo da diversidade.
     Palavras finais.
     Há pouco espaço para exercitarmos a liberdade.   Diz que é melhor pedir perdão depois da ação do que pedir licença e talvez receber um não.
     TUDO POSSO NAQUELE QUE ME SUSTENTA.
     O DISCÍPULO NÃO É MAIOR QUE O MESTRE
     Quem quer moleza, não se engaje na obra efetiva da Igreja.
     Como fazer dos Jovens, Igreja?
     Não deve haver dualismo entre a vida e fé.
     Ele colocou ao lado de Madre Tereza de Calcutá como novos Santos das causas sociais um Dom Helder Câmara.   Citou a famosa frase dele:
     “Quando dou pão aos pobres, me consideram um santo.   Quando questiono a causa da fome, me chamam de comunista.”
     (eu visitei Olinda e na Catedral da cidade, uma das mais antigas cidades do Brasil, lá encontrei uma lápide simples abrigada na Catedral com o corpo de Dom Helder Câmara)
     Nós fazendo o nosso possível, Deus faz o impossível por nós.  
     Recomendou um livro da Editora Paulus:    “Globalização da Esperança”.
     Revista Convergência – artigo – “A Igreja na América Latina no Novo Milênio”.
     Revista REB -    Pluralismo e Teologia

     O Valor Teologal da Diferença.

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