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sexta-feira, 21 de julho de 2017

2ª PARTE - FICHAMENTO DO LIVRO - GUERRA DO CONTESTADO PR X SC

... DO FICHAMENTO DO LIVRO - GUERRA DO CONTESTADO - PARANÁ X SANTA CATARINA
...............   parte 2..

     96 – Curioso que o termo “Monarca” no interior gaúcho denomina quem “reina” com os animais na vida de campeiro.   Nada a ver com Monarquia.
     97 -  Até tropas federais  foram enviadas para “cortar o passo do bando em armas”.
     98 – Oficiais, metralhadoras e 160 praças (soldados).       Década de 1910
     104 – Coronel João Gualberto .... impulsivo... jovem.
     105 – João Gualberto parte de trem com 265 praças para a região em conflito.
     106 – Coxilhas palmenses. (Coxilha: substantivo feminino  -  extensão de terra com pequenas e grandes elevações, constituindo uma espécie de ondulação, e na qual se desenvolve a atividade pastoril).
     107 – Não se conhecia nenhum ato de violência dos supostos insurretos.
     107 – O Monge João Maria manda emissários encontrar a tropa para dialogar com o comando.  Tinham 40 pessoas armadas de winchester e a proteção de mulheres e crianças dos fanáticos, isolando-os.
     116 -  Entre os soldados à noite, alguém acende vela, a mula se espanta, dá uma “passarinhada”  (balança para os lados) e lá se vai a metralhadora e pentes de bala para a lama e a água.   Tudo fica sem condição de uso imediato.
     117 -  A metralhadora falhou.   Após tiros dos soldados, surgem da mata entre 250 e 300 da defesa/ataque do Monge.  Facões à mão.    Uma bala certeira do Sargento Vergilio Rosa acerta o monge.
     118 – O Coronel João Gualberto leva dois tiros.     Os policiais batem em retirada deixando dez soldados mortos.
     119 – Do lado do monge, 13 mortos e 4 feridos.
     120 – João Gualberto achou que ia enfrentar meia centena de homens mal armados.   Achou que ia vence-los “a toque de clarim”.   (só pela ameaça...)
     120 -   O combate durou menos de uma hora.     João Gualberto morre e é enterrado num cemitério da região do conflito.
     121 – Dá a entender que oito dias após o enterro de João Gualberto, tiraram ele do túmulo e o levaram para a Capital (Curitiba) para um sepultamento apoteótico.
     125 – Tudo ocorreu no local chamado Irani. 
     127 -  Nesse tempo a sede da Província do Paraná era no Palácio Rio Branco, onde atualmente (2017) fica a Câmara Municipal de Curitiba.      Após essa derrota militar, o presidente da província do Paraná pediu ajuda federal.
     128 – Cita o tenente Manoel Eufrásio.
     128 – Federais – soldados destacados de Ponta Grossa.
     129 - ... tapejara dos sertões sulinos...  (substantivo . MG  - aquele que conhece bem o território; baqueano, vaqueano)
     129 – O local para se preparar o combate era em Palmas-PR.
     130 – Armas que ficaram em poder do adversário.  Incluindo a metralhadora e 4 pentes de 250 balas cada.
     130 -  O Irani, salvo o Faxinal dos Fabrícios, tinha 13 casas mais uma capela.
     131 – As tropas federais mandaram emissários e estes constataram que os adversários se espalharam rumo a SC para lugares como Campos Novos, Capinzal...
     131 -  Diz o autor que houve refrega e mortes dos dois lados e o saldo foi que a leva de federais fez o povo de lá entrar no eixo.   Paz.
      133 – Fizeram o julgamento dos “bandidos” e tudo ficou registrado no Cartório Criminal de Palmas.
     137 – “Eram intrusos e posseiros de terras devolutas à espera de medições oficiais, retardadas, ou que não vinham nunca.  (injustiçados pelo Estado).  Quando lá despontavam, vinham pejadas de enormes concessões aos privilegiados de ordem política, na maioria dos casos, estranhos à área e aos sacrifícios pela conquista do seu pedaço de chão”.   (O estado doava a terceiros, terra que tinha posse estabelecida com famílias morando e tirando o sustento da terra)”
     Estas glebas superpostas ao mundo dos posseiros e intrusos, desmantelava aquele reino de lavouras, ervais, pinheiros de corte, especulações e esperanças que aí se instalara.      Para agravar mais, ainda havia o conflito por divisas entre PR e SC.  Sem divisa estabelecida, nenhum dos dois estados dava assistência ao povo simples que lá vivia.   Era conflito e sangue.
     138 – “Viviam à moda indígena... em distâncias impraticáveis, desconhecendo o serviço público, o médico, o sacerdote...”
     138 – Alguns já tinham sido despejados de posses anteriores...
     139 - ... estudos, historiadores, etc.    “A brutal guerra seria, no fundo, uma revolta de camponeses espoliados”   (espoliado – que perde o que é seu)
     139 -  Concessão de terras para a ferrovia no apagar das luzes do Império, dia 09-11-1889.   Aí a vida dos posseiros que já eram um caos virou um inferno.     As terras perto do traçado da ferrovia foram concedidos à empresa empreendedora.   Terras já ocupadas.
     A concessão se dá ao Engenheiro João Teixeira Soares.    Trecho de Itararé – SP até o Rio Uruguai – RS.    Pela concessão, a empresa construía o trecho ferroviário e ficava dono de faixa de 9 a 30 km de faixa dos lados da ferrovia.
     140- o Estado (União) concedeu e a companhia ia expulsando (ou liquidando) os posseiros e colocando fogo nos barracos dos moradores.   Quando solicitado pela empresa, o Estado enviava forças de segurança para ajudar a expulsar os posseiros.
     140 – E veio também para a região a Southern Brazil Lumber, companhia americana para derrubar pinheiros para exportação.   “Insaciável devoradora de pinheiros”.    O diretor dessa companhia no Brasil era Percival Farquhar.
(este também é citado no livro Chatô, Rei do Brasil, do jornalista Fernando Morais.   Farquhar já representava grandes corporações de fora no RJ)
     A empresa Lumber era sócia da estrada de ferro também e monopolizou o uso de vagões deixando na miséria as pequenas serrarias da região.
     141 -  O caminho de ferro que geralmente é fator de civilização, para o povo da região foi o castigo total.     O autor cita que, ao contrário, na Argentina, ao fazerem novas estradas de ferro, distribuíam lotes de terras para pequenos agricultores e assim houve justiça social e desenvolvimento regional.   
     147 – Vasta bibliografia citada.  Uma delas.   “Corografia do Paraná” datada de 1899 de autoria de Sebastião Paraná.
     151 – A criação da UFPr Universidade Federal do Paraná, a primeira Universidade do Brasil.   As outras eram faculdades isoladas.    Na época dos conflitos.
     152 – Em 1913 a erva mate era para o Paraná o que o café era para SP.
     152 – Os carroções eslavos (em 1913) e o começo da concorrência com o trem e os primeiros carros e caminhões.
     152 -  A ação desastrosa do Irani (a Guerra injusta) custou além das vidas, 600 mil contos.    Na época a arrecadação do Paraná era de 6.000 contos por ano.
     153 – No auge do conflito de fronteira a ACP Associação Comercial do Paraná boicotou produtos de SC.
     154 – Pessoa de destaque em SC no episódio.   Ercilio Luz que apoiava a paz e a resolução do problema de divisas.    Em SC o presidente do estado na ocasião era Lauro Muller.
     155 – A jovem Teodora,  neta de Euzébio, como vidente, tem a visão do Monge João Maria.   E a notícia se espalha.
     157 – Euzébio vende o que tem para ir à cidade de Taquaruçu.  O filho Manoel (16 anos) é “ungido”  (ele era analfabeto).... obra de religião, justiça e caridade.

     162 – “Tanto o fanatismo político como o religioso, ao longo da história, produziu criminosos e heróis, mártires e santos”.    (O autor deste livro nasceu em 1911 e faleceu em 1968).    

    .......................    continuará com a parte 3 que será a parte final em breve.

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