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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

COMO FAÇO AS RESENHAS DE LIVROS E PALESTRAS 28-11-2016


    Vou tentar dar aqui mais ou menos o caminho das pedras da minha experiência com fichamento de livros só na prática, pois não consultei teoria para tal.  Faço movido pelo destaque daquilo que me chamou mais atenção em cada leitura.
Ao começo
Sempre gostei de ler um bocadinho.    Fiz estudos em escola pública de cabo a rabo e a universidade foi a USP – ESALQ- Piracicaba (fundada em 1901).   
     Pois bem.   O curso (Engenharia Agronômica) lá era e é bem puxado e no meu tempo (1973-1976) eram aulas geralmente de quatro horas cada e o curso em período integral.    Os professores eram topo de carreira e muitos deles autores de livros do ramo.   Bem exigentes, claro.     E aula não tinha essa de ficar anotando na lousa.   Era prestar atenção e anotar o que achasse relevante.   Acho que foi essa necessidade que me fez um “resenhista”.    Ou anotava, ou esquecia um bocado do que foi dito e depois complicaria na hora da prova.   Minha tática era assiduidade às aulas e esse esforço de anotar e depois estudar em casa também.    Os demais alunos pouco anotavam e quando as provas iam chegando era fila para pegar meu caderno e tirar xerox pra galera estudar.   Talvez alguns iam até melhor que eu nas provas...
     A continuidade
    Resumos de Palestras  e Resenhas/fichamento de livros.
     Como eu peguei um verdadeiro traquejo em fazer síntese assim de bate pronto, toda vez que vou a uma palestra sobre qualquer tema, levo junto comigo uma caneta bic e um caderninho específico (Tilibra pequeno de 96 fls) para caber entre os livros.   Anoto tudo o que acho relevante e depois coloco no word e deste alguma coisa vai para o blog.   www.resenhaorlando.blogspot.com.br
     Ao todo, são aproximadamente uns 40 caderninhos com anotações dos mais recentes vinte e poucos anos...   Minha relíquia e meu hobby junto com a leitura.
     Já dos livros, que tenho lido por lazer, tenho escolhido geralmente temas mais informativos, inclusive vários livros escritos por jornalistas, falando de países como China, Irã, Cuba, Venezuela, Japão, USA, etc.   Mas diversifico a leitura.
     Comumente os livros que leio são meus.    Sento para ler e pego o livro, o marcador de páginas, um lápis/lapiseira para destacar os locais que me chamaram a atenção e a caneta e um caderno específico (capa dura espiral Tilibra também 96 folhas)  e já estou no caderno número 14.   Comecei a fazer as “resenhas” de livros em julho de 1994.   Por sinal,  publiquei no blog acima há algum tempo uma lista com o nome e autor de todos os livros que li daquela data até hoje.   É um pouco de me mostrar na intimidade até certo ponto, mas para socializar experiência acho que vale a pena.
     Então ao iniciar a leitura de um livro, já anoto no Caderno espiral específico os dados do livro como – nome da obra, nome do autor, nome da editora, nome do tradutor, número da edição, ano da edição, local e número de páginas.    Isto tudo porque costumo fazer a “resenha” citando a página na qual li aquilo que destaquei no fichamento.   E se eu destacar a página sem dizer a editora/edição, o número da página pode ser diferente.
     Coloco a data de início da leitura e vou tocando o barco, lendo.   Cada vez que algo me atrai em especial, um leve traço a lápis no livro e cito a página no caderno com a caneta e já escrevo aquilo que me interessou.    Se a frase é curta, pode ser que anoto de forma literal.   Se a idéia requer maior número de palavras, pode ser que resumo com minhas palavras para anotar (até porque não tem interesse acadêmico).
    Notar que dessa forma, ao terminar de ler o livro, terminei de fazer a resenha, que fica melhor chamar de “fichamento”.      É bem curioso depois sentar, após ler o livro, e ler a própria resenha que dá uma visão muito interessante de tudo que foi lido.   A tal ponto que se me pedissem para dar uma palestra de, digamos, meia hora ou mais sobre um livro X que li há doze anos, com minha resenha eu dou uma revisada e dou o recado legal.    E serve também para fazer alguma citação de trecho para fundamentar alguma opinião, sempre citando a fonte.
     Acho que é mais ou menos isso.    Curiosamente no caso recente da morte do Fidel, controverso que é, vale lembrar que sobre o tema além de um punhado de artigos, li os livros – A Ilha (Cuba) de autoria do jornalista/escritor brasileiro Fernando Morais e publiquei  a resenha no blog citado.   Também sobre o mesmo tema, li do próprio Fidel o livro A História me Absolverá   (ele era inclusive Advogado) cuja resenha também está no blog.    Se vou emitir opinião sobre o caso, pode ser que eu cite algo da resenha ou indique a resenha para alguém que quer algo mais aprofundado para formar opinião sobre uma pessoa controversa como o tal.   
     Fico à sua disposição e espero ter contribuído com alguma dica que possa ajuda-la em seus estudos. 
                                          orlando_lisboa@terra.com.br     

     Curitiba PR, 28 de novembro de 2016 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

RESENHA PALESTRAS - CURITIBA PELA DEMOCRACIA E CONTRA O GOLPE (parte final)

Continuação – Curitiba pela Democracia...       (06-10-2016)

     FALA DO ADVOGADO – CEZAR BRITO     Ele já dirigiu a OAB-PR
Anotações pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida

     Evento no Salão Nobre da UFPr – Curitiba – PR  -    Curitiba pela Democracia.

Disse que no passado, no Teatro Guaira em Curitiba, a OAB tendo à frente o Raimundo Faoro e o palestrante, esta liderou um enfrentamento à Ditadura Militar.     Relembrou o advogado Sobral Pinto e o fato de lhe perguntarem na época em que este iria defender Luiz Carlos Prestes (líder comunista de então).   Sobral teria respondido que não gostava do comunismo mas tinha apreço pela pessoa do comunista.
     O palestrante se diz otimista.  “É tempo de máscaras caídas”.   Dá para ver quem defende isto ou aquilo – até quem quer construir muro...   (Trump e o muro...)
     Provocou:   O Paraná deveria fazer uma campanha:    Doe um exemplar da Constituição Federal a cada membro do STF  Supremo Tribunal Federal.
     Disse que nos USA uma negra vai estampar a nova nota de 20 dolares.   Foi a primeira negra a pilotar determinado modelo de avião à jato.
     Personagens como Gandhi e mesmo Cristo, fizeram história apesar de lutarem em minoria e os seus riscos.
     Frase do palestrante:    “Nós advogados viemos para assoprar a brisa da liberdade”.
     Antes ele citou o cantor Bob Dylan e não sei ao certo se a frase é do cantor ou do palestrante na origem dos termos.
     Buscou uma frase de Paulo de Tarso, um dos fundadores da igreja cristã:  Descrer para crer.   Faz um paralelo.    Descrer nas “verdades” dos golpistas e crer que podemos lutar e vamos à luta.

     FALA DO ADVOGADO CRISTIANO ZANINI – ADVOGADO DO EX PRESIDENTE LULA
     Disse que veio mais para ouvir e gostou muito do que ouviu aqui.   Disse do absurdo da “prisão coercitiva”; gravações da fala da Presidente da República de forma ilegal; divulgação seletiva;
     Quando o ex presidente soube que foi monitorado, a primeira pessoa com quem vai se socorrer é junto ao seu Advogado e fica depois sabendo que também seu advogado está sendo monitorado.   Então não há mais justiça no caso.   Por esse arbítrio, fizeram denúncia inclusive no exterior.
     Se não estamos na causa, se não lutarmos na causa, o arbítrio vence.
     Ele disse que há uma “escola” de desrespeito aos direitos fundamentais e isso não ocorre só com o pessoal da Lava Jato.   A Academia tem que ajudar a denunciar tudo isso e resistir.

     FALA DO ADVOGADO EUGÊNIO ARAGÃO – EX MINISTRO DA JUSTIÇA DA DILMA
          Ele é Sub Procurador da República
     Ele disse que o golpe está em curso mas ainda não está consumado.  Temos que resistir.   Não lamentar.   Temos que agir.   Há perseguições seletivas; há um desmonte...
    Ele disse que a CF Constituição Federal somos nós, cidadãos.  Nós é que somos os guardiões dela.  O STF é apenas o instrumento de fazer valer a CF.
     Falar não só de esquerda.   Falar de Cidadãos.   Todos temos o dever de sermos fiéis à CF.   Agir contra a CF é agir contra o Brasil.    O que podemos fazer?   Nos unirmos.
     Devemos passar por cima de sectarismos, de divergências pessoais...
     Fascismo é essencialmente um movimento perverso que se aproveita de momentos de crise e busca levar as pessoas a um líder comum que é um usurpador.    Assim ocorreu na Alemanha, na Itália e na Espanha do tempo de Franco.
     No Brasil, quando vemos as pessoas se enrolando na bandeira (parecendo canelones) e desfilando contra a democracia ... é um abuso, não um uso do símbolo nacional.   Fazem isso que é fascismo.   É contra a lei usar o pavilhão nacional dessa forma, nessas circunstâncias.
    A Lava Jato é a busca de uma “Higiene Social”, tal como foi no passado a vassourinha do Janio (atitudes fascistas).    A higiene social é um degrau da higiene racial – fascismo.  A atitude de inconformação é o primeiro passo para a reação.
          Disse ele:   Uso o vermelho porque é a cor do sangue que corre no meu coração.  E eu luto.
     A captura das instituições já vem de algum tempo.   Escolha corporativa do Procurador da República foi uma pisada na bola.    O Ministério Público é um bando de príncipes não só em remuneração e porque tem o poder de colocar o Estado na parede.  Ousadia da rapaziada contra a CF – tipo essa turma da Lava Jato.
     Um General quatro estrelas ganha 14.000,00 no Brasil lá pela etapa final de toda uma carreira.   A moçada do ministério público ganha muito mais, muito mais.
     Os membros da Lava Jato rabiscaram as Dez Medidas e foram atrás de assinaturas do povo para dar ar de iniciativa popular.    “Populismo penal” – uma disfunção, uma distorção.
Retorno de colocações da Dra. Magda Barros Biavaschi - Gaucha

     O capitalismo está criando o empreendedor proletário  aqui e no mundo afora. É a situação do salve-se quem puder.
     Ela fala da tentativa de transferir a Previdência para o setor privado.    Um bolo de 400 bilhões de reais por ano.    Que essa carne vá para o setor financeiro e que o osso fique para o Estado.   Isto ocorreu no passado no Chile do General Pinochet, que acabou matando muita gente que reagiu a essa barbaridade contra o povo.
     Aqui acham que vão fazer isso na lábia.    Temos que encarar as pessoas de dois neurônios – o pessoal que apoiou o golpe.     São binários  -    0 1 01 01...
     Querem destruir nossa Previdência que é o sistema de Solidariedade que nós construímos a duras penas.   Temos que buscar meios para que isso não ocorra.
     Ao encerramento, o anfitrião da Mesa disse aos palestrantes convidados:   Digam por onde andam que Curitiba não é só Lava Jato.     Há cidadania e luta.